terça-feira, 30 de dezembro de 2008

O ano está acabando....

Vejo no noticiário:
- LONDRES - O ano que vem será um dos cinco mais quentes já registrados, disseram cientistas climáticos britânicos na terça-feira. A temperatura média mundial de 2009 deverá ficar 0,4 grau Celsius acima da média de longo prazo, apesar do resfriamento contínuo de grandes áreas do Oceano Pacífico, um fenômeno conhecido com La Niña. ...... Atualmente, o ano mais quente já registrado foi 1998,....... ......

Pois teve tanta chuva, não sei se a chuva foi maior do que anos atrás ou se choveu muito onde, até então, não havia gente. Mortes e dramas sociais em Santa Catarina e em Minas. E, pelo que falam as previsões, 2009 será pior. Aguardemos.

Meu balanço de 2008 :

Eu não teria grandes queixas do ano que se vai, exceto que não consegui emagrecer.
A primeira metade do ano foi dedicada ao tratamento de cancer da próstata e com sucesso, ainda bem. Efeito colateral, segundo um dos médicos seria ter engordado, dado a baixa de testosterona que é provocada para obrigar a regressão do cancer.
Foi o que o médico me falou, a testosterona alimenta o cancer, você a remove e o cancer cede, disse, simplificando a coisa. E te dando vários quilos a mais.

Diferentemente da remoção da próstata, o tratamento de hormonoterapia permite o ressurgimento hormonal, mas, evidentemente, cercado de cuidados, exames periódicos devem serem feitos, faz parte do pacote de viver mais. Nos antigamente as pessoas não tinham canceres de próstata ou do colo do útero por que morriam antes de aparecerem os problemas. Eles dizem que 70% das pessoas com 70 anos tem, tiveram ou terão cancer.

Voltando ao balanço do ano, da segunda metade para cá foi muito boa para mim, retomei meu contacto com o pessoal da Cassino em Ouro Preto, viajei à Ouro Preto, como consequencia retomei meu hobby de muitos anos, a fotografia, o excesso de peso me obriga a uma caminhada quase diária, oportunidade de 'descançar' a mioleira, nem cansada está, a aposentadoria a gente faz malabarismos para viver dentro dos limites....

Posso dizer que agora estou aprendendo a fotografar, mas ainda estou no primário, mas chego lá.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Renovei a minha CNH (carteira de motorista)


A minha carteira de motorista (ou CNH, como o Detran apelida) vencia agora dia 28/12/08.
Para minha infelicidade eu sou um cara muuuito certinho e não poderia rodar por ai com carteira vencida.
A renovação da carteira começou, de fato, a coisa de dois meses quando fui fazer nova consulta dos zóios. Uso óculos desde os 7 anos de idade, quase não sei o que é o mundo estando de cara lavada.
Uma pessoa que eu admirava era o papa João Paulo II que, na idade que estava conseguia ler e ver sem óculos, mas que inveja.
Como eu e óculos são uma coisa só, fiz nova consulta e tive a ousadia de mandar fazer a receita poucos dias antes. De fato, eu só trocaria a lente esquerda, a direita ainda permanecia, não foi modificada.
Bom, sendo necessário refazer a CNH, vamos ao PoupaTempo eas 10h da matina, ao abrir, estava eu lá.( se existe alguma coisa que FUNCIONA na burocracia deste país se chama POUPATEMPO).
No primeiro dia foi apenas reconhecer o terreno, peguei um folhetinho que me dava tudo o que eu tinha de arrebanhar: foto, conta de alguma coisa(endereço), a CNH velha e mais R$80, aproximadamente.
Foto eu tirei no Shoping Colinas (onde está o PoupaTempo) e pela módica importância de R$7,00 meia hora depois estava de posse de 4 fotinhos novas em folha, mostrando o Paulo de hoje.
No dia seguinte, mesmas 10h da manhã, eu estava lá e graças a cortesia da minha idade, em 5 minutos eu estava sentado na frente de gentil moça que pegou meus documentos e redigitou os dados.
- Confere, perguntou ela
- Não, aqui está Santos, eu moro em São José dos Campos.
- Bom, aqui a gente não consegue alterar estes dados, o senhor terá de ir a Ciretran.
- E onde é a Ciretran
- Perto da Igreja São José - respondeu a moça e me deu o endereço.
Lá vou eu até a Ciretran, de carro. Mas quem consegue estacionar carro no centro de São José dos Campos ? Acabei achando um estacionamento, tão longe que quase me pergunto se não seria melhor ter deixado o carro onde moro e ido de ônibus.
Paciência.
Chego na Ciretran, uma fila colossal, fico até meio baratinado com o tamanho da fila. Ouço alguém comentando que eles tinham deixado de distribuir senhas já que o sistema (deles) estava fora do ar. Resolvo tomar coragem e subir até chegar num salão enorme, cheio de gente. Um atendente me deu uma senha de terceira idade (sempre peço a senha de terceira idade, custei prá chegar nela) mas ai vejo um senhor recostado e lhe pergunto o que poderia ser feito para resolver o meu problema, trocar a cidade que aparece na minha carteira de motorista de Santos para São José dos Campos. Prontamente ele pega os dados da CNH e retorna uns 5 minutos depois.
- Está feito,
- Muito obrigado, e saio, pensando que tinha sido rápido ( para mim, com um certo sentimento de culpa, vendo as filas enormes e pessoas que iriam esperar horas)
Almoço e descanso.
Volto ao PoupaTempo, entro novamente na fila de pegar senha e logo depois vou ser atendido, desta vez por um rapaz,(era o único homem, todas as demais atendentes, mulheres)
Exibo novamente a minha CNH velha, minhas fotinhos e meu comprovante de endereço.
Sem percalços, recebo uma senha para pagar os quase 80 reais que custam o exame e a nova carteira.
O banco é a Nossa Caixa. Lá, pelo folhetinho poderia ser usado cartão de débito desde que fosse filiado ao Banco 24h. O meu é, sigo confiante.
Bato no caixa, que me diz:
- Moço (todos me chamam de moço, até agora ninguém me chamou de velho)
- Moço, nosso sistema não está se comunicando com o Banco 24h, mas o senhor pode ir ali fora que existe um caixa eletrônico, etc etc
Saio do PoupaTempo e acho o caixa eletrônico. Na tela dele a mensagem "Temporariamente fora, aguarde retorno". Espero uns minutos e nada.
Volto ao Poupatempo.
- O senhor pode pagar amanhã, mas avise que os documentos são de ontem...
Saio do Poupatempo, passo no Caixa Eletronico, que voltou a funcionar.
São 2 mulheres na minha frente, uma delas em operação bancária complicada e demorada.
Dez minutos em pé e consigo retirar os R$80. Volto ao PoupaTempo.
Pago e recebo o recibo, de posso do recibo volto a fila do Detran e recebo a senha do exame médico.
Cinco minutos depois estou sendo examinado. Agora os exames são modernos, olho numa espécie de microscópio de mesa e lá no fiundo aparecem os famosos letreiros
- efe, ge, tê, agá, leio.
- idem, outro olho.
- teste de ofuscamento. Tudo fica branco e pergunta
- que letra
- vê
A médica pede para mim apertar uma tesoura . aperto. outra mão. aperto.
- fique em pé, levante o pé direito e gire.
- agora o esquerdo e gire.
- levante os braços e faça isto e isto . Igual um sinaleiro.

O senhor pode ir e voltar em 4 horas para pegar a nova CNH
As sete da noite eu estava de posse da minha nova CNH, válida até 11.12.2011.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

A última folha de jornal.

O New York Times, o jornal mais famoso e conceituado dos USA e do Mundo, está em dificuldade. Motivo : Queda na venda.
Poucos dias atrás a Folha de S. Paulo, pelo seu jornalista Clovis Rossi comentou o assunto (NYT).

Em função do que escreveu Clovis, mandei o email abaixo.

Clovis, bom dia.

Acho que os últimos jornais impressos que comprei regularmente foram antes de ser assinante do UOL, coisa de uns 10 anos atrás.
De lá prá cá, nas poucas viagens que faço de ônibus ocasionalmente compro um jornal para ler, mas sempre levo um livro.

Não sei se está fazendo uma enquete, mas no meu caso, impresso, só livros.
Mandei um e-mail ontem à Veja propondo um esquema similar ao do UOL, não sei quando as revistas irão acordar para o fato de que a internet avança bem rápido no Brasil e o destino da informação impressa terá de ser repensado.

e Clovis me respondeu desta forma:


OK, cada um faz o que quiser fazer para se informar. Mas acho que você está perdendo. Abs. Rossi.


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Não estou perdendo, não. Jornais aqui em casa representariam um problema após lidos, nós não temos espaço disponível para armazenar mais que uma semana de jornais velhos.

Na coleta seletiva que é adotada no meu prédio, com uma boa participação dos condóminos, cada vez mais vejo menos jornais velhos no lixo.

A Globo exibiu matéria sobre os catadores de lixo, que recebiam 5 reais por uma carrocinha e hoje tem dificuldades de vendar ( e de coletar ) a 2 reais.

Seria, realmente, o fim dos jornais impressos que começa a dar primeiros sinais ?

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Djni se foi.

Eu sabia, quando comecei a escrever sobre a Djni, que teria de escrever sobre isto.

Memória.

Eu tenho uma memória muito boa, mas entendamos isto. Minha memória é ótima para fatos ocorridos comigo, com as pessoas que eu gosto e as situações vividas. Tenho também boa memória para as minhas fotos, mas a minha memória funciona mal para datas.

Por isto fico em dúvida se a Djni ficou conosco por 9 ou 10 anos, de qualquer maneira ela se foi jovem, para uma cadela pequena a expectativa seria de 13 anos, se humana fosse teria então uns 60 anos. Isto foi a coisa de 20 anos, aproximadamente.

Dõe muito escrever, mas vamos lá, eu voltava da Cobrapi para o almoço, a Vilma regava a frente da casa e a Djni estava lá dentro, só que a Vilma não se deu conta que não havia fechado o portãozinho.

Djni ouviu o carro chegar e saiu apavorada, em festa, para me receber.

Nosso azar é que, dentro do quase inexistente transito do Jardim Normandia, uma Kombi escolar, a mesma que anos antes pegava o Paulo Henrique para a Escola, a Kombi estava passando. Eu não sei se ele teria condições de frear, mas agora, discutir isto....

Anos depois, vinte anos depois, a cena se repete na minha cabeça, eu a 20 metros de casa, a Kombi passando, a Djni estirada no chão. Eu saindo desesperado do carro.

Coitada, deve ter sofrido muito, a Kombi passou sobre a espinha. Eu parei o carro na rua, a Vilma não tinha visto ainda, gritei, corri para a Djni e recebi o último agrado dela, coitada, ainda teve forças de lamber a minha mão. E só.

Enterramos a Djni num lote nos fundos, choramos muito, O Gustavo, Vilma, eu, nossa empregada, vizinhos, triste.

Triste ainda foi telefonar para o Paulo Henrique, que estava estudando em Campinas e não se comentar nada.
Mas um dia ele veio em casa. Fui esperá-lo na Rodoviária, como habito e ainda consegui não contar nada.
Duro foi ver o Paulo Henrique, mal descido do carro, chamar a Djni.
Não se conformou.

Eu estava e ainda continuo tentando achar uma foto onde o Paulo Henrique passeia com a Djni lá no Jardim Normandia, quem sabe lá em cima ele continua passeando com a Djni e o Gustavo arranjou um paninho para brincar com ela.

Difícil escrever sobre, mais difícil relembrar.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

A montanha dos 7 abutres e as enchentes de Santa Catarina.


Este Filme é de 1951, e é um clássico: .Um repórter entediado em um busca de uma grande matéria a descobre quando, por acaso, fica sabendo de um homem que ficou preso em uma montanha ao procurar relíquias. Com Kirk Douglas no elenco.

Albuquerque, Novo México. O repórter veterano Charles Tatum (Kirk Douglas) foi despedido de 11 jornais, por 11 razões diversas. Ele está sem dinheiro, então pede a Jacob Q. Boot (Porter Hall), o dono do jornal local, que lhe dê um emprego e consegue. Seu plano era trabalhar ali no máximo dois meses, mas após um ano não surgiu nenhuma boa oportunidade nem aconteceu nada bem interessante que rendesse uma boa matéria. Tatum sente-se totalmente entediado e sem motivação, então recebe ordem para cobrir uma corrida de cascavéis. Aparentemente seria outra matéria sem o menor atrativo, mas ruma para o local acompanhado por Herbie Cook (Robert Arthur), um misto de auxiliar, motorista e fotógrafo. No meio do caminho param para abastecer o carro e Tatum acaba descobrindo que Leo Minosa (Richard Benedict) ficou preso em uma mina quando procurava por "relíquias indígenas". Tatum sente que esta reportagem pode ser a chance que ele esperava, mas para isto precisa ter controle da situação. Ele transforma o resgate de Leo em um assunto nacional, atraindo milhares de curiosos, cinegrafistas de noticiários e comentaristas de rádio, além de forçar Lorraine (Jan Sterling), a mulher de Leo, a se fazer passar como uma esposa arrasada. Na verdade ela ia abandonar Leo neste trágico momento, mas Tatum a fez ver que ela iria ganhar um bom dinheiro na sua lanchonete quando as pessoas chegassem para ver o acontecia. Para prolongar o circo Tatum reduz deliberadamente a velocidade do resgate de Leo, pois o ideal é que ele que preso por seis dias e não apenas por algumas horas.

Recebido a pontapés por crítica e público, na época do lançamento original, "A Montanha dos Sete Abutres" acabou por se tornar um clássico sobre ética e Jornalismo. O filme ocupa um lugar pioneiro na longa linhagem de obras que versam sobre a falta de escrúpulos da imprensa, sempre pronta a explorar uma tragédia em busca de audiência.
Algumas das reflexões de Charles Tatum (Kirk Douglas), o jornalista canalha que descobre um humilde mineiro soterrado numa mina e atrasa propositalmente o resgate para poder criar uma comoção nacional em torno do caso, são proféticas. "Um homem preso numa mina é melhor do que 84. Você lê sobre 84 pessoas, ou sobre um milhão, como na fome da China, e esquece. Mas um homem é diferente: você quer saber tudo sobre ele".


O nome do filme em inglês é mais direto, poderia ser traduzido como " Às num buraco", já que representa a salvação profissional de Tatum, que liga a mínima para o mineiro. Quando se deram conta que a situação de Santa Catarina era feia, os meios de comunicação passaram a duelar para conquistar a melhor audiência. Fico até pensando se nestas coberturas a ética também ficou soterrada.