quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Bolsa de mulher


Estava iniciando minha caminhada diária, na minha frente ia uma mulher comum com uma bolsa comum dependurada no ombro. Esta cena comum acabou por me chamar a atenção e aproveitei minha caminhada para um levantamento científico:
- Quantas mulheres eu iria encontrar durante a minha hora de caminhada e que não estivessem com bolsas dependuradas no ombro ?

Poucas, foram as que encontrei.

Velhas, novas, ricas, classe média, até uma freirinha. de bolsa. Sem, só encontrei duas teens, que carregavam somente a sua juventude.

Das conclusões que eu tirei:

1. A bolsa é um artefato atávico, isto é, um utensílio que vem impregnado no DNA, então carregado pelas mulheres das cavernas e que ainda hoje, faz parte do dia a dia delas. Servia para transportar frutos e achados encontrados ao longo da jornada. Ainda servem exatamente para isto.

2. A bolsa é o segundo item de desejo de uma mulher, o primeiro, sapato, faz da mulher, no dizer de um amigo, centopeias. E a bolsa serve para carregar coisas e bolsas. Pelo menos da minha mulher, dentro da bolsa vão várias bolsas: de dinheiro, de chaves, de remédios, de documentos, etc. Esse troca troca de bolsas já fez minha mulher pagar micos e levar sustos. Não aprende e sustenta que - são coisas de mulher !

3. As bolsas se dividem em pesadas, muito pesadas e extra-pesadas. E repare que não há, na coluna vertebral delas, nenhuma deformação da vertical pelo uso. Anos e anos fizeram correções de curso, desafiando a matemática dos vetores que diz que uma carga aplicada a esquerda provoca um desalinhamento a direita, para compensar. Isto ocorre em barcos, mas não existe, se for de bolsa.

4. Para atender ao tópico da igualdade dos sexos já existe uma pequena fração de homens que começam a carregar bolsas, mas são lap-tops ou notebooks, a contaminação quase se limita a este item. Ah, seria preconceituoso afirmar que denuncia uma opção sexual....

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