quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Djni, a iniciação.



Não, não vou falar da iniciação da Djni, mas da iniciação nossa. Ter um cachorro é complicado, pois ele, igualzinho a você, a nós enfim, tem manias, fica doente, faz xixi, também faz o número Dois.
E muda a rotina da casa.

Quem dormiu melhor naquela primeira noite da Djni, foi aDjni e talvez o Gustavo.

Paulo Henrique, excitadíssimo com o Pet, ia do quarto dele para a cozinha, na cozinha acendia, apagava luz, acordava a mãe que me acordava, barulho que acordava o Gustavo. Um frege.

O dia seguinte já levanto para o fazer o café e ir trabalhar, dou de topo com o Paulo Henrique, sentado no chão da cozinha, Djni no colo.
- Você não dormiu, menino ?... resmungos, resposta.
Jornalada esparramada no chão, umas molhadas de pouquinho, xixi no piso. O número dois estava na caixa, bom lugar.
- A sua mãe que vai adorar isto .... mais resmungos.

Fiz o café, tomei, botei a roupa, chave do carro, abre porta, fecha porta, abre portão, tira carro, fecha portão, direção COBRAPI, me envolvia nos meus problemas de serviço.... bem mais fáceis de se administrar.

Minha casa no Normândia, nome do Bairro, era de centro de terreno, a direita a garagem, a esquerda um portão de serviço, que abria para a área de serviço, um jardim interno, fundos da casa, a lavanderia com um muro divisório para a garagem.

Este pedacinho de minha casa, que ia do portão de serviço até a lavanderia ficou sendo o território da Djni, supervisionado por ela e de onde em poucas madrugadas latia e já nos preocupava.

A gente podia atravessar, pela cozinha e pela sala de jantar, da garagem até a área de serviço. A gente, sim, Djni não.

Na sala de jantar uma porta de vidro, de correr, abria para a garagem.
Durante o dia a casa permanecia com esta porta aberta e com a porta da cozinha aberta,
- para ventilar, dizia a Vilma.

E a Djni sempre foi muito educadinha, ela não atravessava o território proibido, não ia da área de serviço para a garagem por ali, se o portão de serviço dava uma trabalhosa volta, chegava na garagem, olhava, voltava, área de serviço, uma brincadeira, um foguete.

A linha de fronteira ficava a um meio metro da porta da cozinha, as vezes mostrava a cara para saber do andamento da comida.

Exceto nas noites de trovão bravo, ai não tinha jeito, invadia a sala de tv e se enroscava nos meus pés, me olhandocom aquela cara de pelamordedeuseuvouficar.
E ficava, até São Pedro acabar a mudança.


Amanhã a gente continua.

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